Um estudo recente intitulado "Potenciais efeitos macroeconômicos com a expansão da oferta pública de ensino médio técnico no Brasil" apresentou uma previsão surpreendente: o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderia crescer até 2,32% se conseguíssemos triplicar o número de jovens matriculados no ensino técnico. Este crescimento projetado é impulsionado por um aumento esperado na empregabilidade e nos salários daqueles que têm essa qualificação profissional.
Atualmente, apenas 8% dos jovens que concluem o ensino médio cursaram o ensino técnico, em comparação com a média de 32% entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Isso sinaliza uma necessidade de investir na expansão do ensino técnico no país.
A maior parte da força de trabalho no Brasil, cerca de 80% dos trabalhadores entre 24 e 65 anos, possui, no máximo, o ensino médio completo ou incompleto. Portanto, um investimento no ensino técnico poderia significar uma grande diferença para esses trabalhadores, proporcionando a eles oportunidades de emprego melhor remuneradas e mais seguras.
A pesquisa também sugere que os maiores ganhos salariais e a empregabilidade são para aqueles com ensino superior. No entanto, a expansão da oferta de vagas em universidades é um processo mais demorado e oneroso. Assim, o ensino técnico pode fornecer uma solução mais imediata e efetiva.
Os profissionais com formação técnica no nível médio ganham, em média, 32% a mais do que aqueles com o ensino médio tradicional. Além disso, a taxa de desemprego entre eles é menor - 7,2% em comparação com 10,2% entre aqueles com apenas o ensino médio.
Os pesquisadores concluem que a expansão do ensino técnico, embora mais cara que o ensino médio regular, pode trazer benefícios não só para os indivíduos, mas para a sociedade como um todo. Uma força de trabalho mais qualificada significa maior poder de consumo, o que se reflete positivamente no PIB.
A maior demanda por ensino técnico implica em investimento para expandir o número de vagas disponíveis. No entanto, isso é compensado pelo aumento da produção do país, com uma proporção maior de trabalhadores com formação técnica ou superior.
Os pesquisadores ressaltam que, embora os benefícios do ensino técnico sejam claros, há fatores adicionais que não foram explicitamente considerados na pesquisa. Por exemplo, as mudanças na demanda por trabalho e na estrutura de oferta de formação profissional podem afetar os benefícios projetados da expansão do ensino médio técnico.
Por fim, não se pode esquecer que a expansão da educação técnica deve ser acompanhada de uma garantia de qualidade. Isso é algo que instituições como o Instituto Zehan, com sua vasta oferta de cursos técnicos de qualidade, estão bem cientes. Ao se comprometerem com o desenvolvimento de programas educacionais robustos, que preparam os alunos para a empregabilidade e os salários mais elevados mencionados no estudo, eles estão desempenhando um papel essencial na promoção do crescimento e desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
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